Síndrome de Guyon

o síndrome do canal de Guyon é uma compressão do nervo cubital, que se situa na face lateral/externa do antebraço e punho.

As sessões de Fisioterapia, juntamente com o restante tratamento conservador, podem ser muito importantes para evitar o procedimento cirúrgico.

Entre as várias patologias do punho e mão, a mais frequente é o síndrome do túnel cárpico, sendo que existe também mas menos frequente, o síndrome do canal de Guyon. Este síndrome é descrito como a compressão do nervo cubital, que se situa na face lateral/externa do antebraço e punho, inervando os 4º e 5º dedos da mão. 

Este síndrome ocorre por inúmeros factores, nomeadamente os cistos sinoviais, os traumatismos do punho, as fracturas de ossos da mão ou do 1/3 distal do rádio e os micro traumatismos de repetição.

A sintomatologia decorrente da compressão do nervo cubital é variável, podendo haver sintomas sensitivos, motores ou uma combinação de ambos, dependendo da origem da lesão. A sensação de dor, dormência no 4º e 5º dedos (face palmar), sensação de choque nos locais inervados pelo nervo cubital e fraqueza muscular nos músculos da mão inervados pelo nervo, são os sintomas mais comuns na presença deste síndrome.

Tipos Síndrome de Guyon

Reconhecem-se três tipos básicos de compressão do nervo cubital no canal de Guyon:

1. Tipo I - a compressão acontece no 1/3 inicial do canal, levando a sintomas sensitivos e motores. Neste caso o paciente apresenta garra do quarto e quinto dedos. Não há distúrbios sensitivos na região do ramo sensitivo dorsal.
2. Tipo II - Se houver compressão distal a este canal, poderá haver paralisação somente do ramo motor não havendo distúrbios de sensibilidade. Neste caso o paciente apresenta garra ulnar, com sensibilidade preservada.
3. Tipo III - trata-se de uma compressão apenas dos ramos sensitivos, provocando distúrbios de sensibilidade na área palmar do nervo cubital, não havendo garra.

Tratamento

Uma vez verificada e diagnosticada pelo médico a compressão, o tratamento pode ser conservador com anti-inflamatórios, repouso, com ou sem imobilização (dependendo do caso) e fisioterapia; ou a intervenção cirúrgica que consiste na descompressão do nervo. O prognóstico é bom, quando o paciente é diagnosticado precocemente numa fase inicial da doença, não deixando sequelas nem limitações, permitindo o retorno do paciente à sua vida normal.

As sessões de Fisioterapia, juntamente com o restante tratamento conservador, podem ser muito importantes para evitar o procedimento cirúrgico. O Fisioterapeuta da Fisioterapia Lisboa após uma avaliação específica e dependendo do tipo de compressão nervosa, realizará exercícios específicos de mobilização e estiramento nervoso e para melhorar a condução nervosa, técnicas manuais para mobilização do plexo braquial, fortalecimento muscular de músculos do membro superior e alongamento tanto dos membros superiores como da coluna cervical e torácica.

A Fisioterapia Lisboa aposta na prevenção, que no caso do síndrome de Guyon se realiza principalmente pela diminuição do excesso de movimentos manuais. Podem também ser adoptadas algumas medidas ergonómicas que ajudem a evitar sobrecargas em tendões que estejam a movimentar-se em amplitudes desfavoráveis.