Mobilização articular manual

Para o Topo

As técnicas de terapia manual incluem as manipulações, mobilizações e manobras específicas com objectivo de estimular a propriocepção, produzir flexibilidade para fibras com aderências ou encurtadas, estimular o líquido sinovial e promover a redução da dor.

 

A mobilização articular refere-se às técnicas de terapia manual usadas para modular a dor e tratar as disfunções articulares que limitam a amplitude de movimento, abordando especificamente alterações na mecânica articular. A mecânica articular pode estar alterada em devido a dor, mecanismo de defesa muscular, derrame articular, contracturas ou aderências nas cápsulas articulares ou ligamentos de suporte, ou desalinhamento e subluxação das superfícies ósseas. 

 

Portanto, a mobilização articular manual é uma técnica de terapia manual que tem a finalidade de melhorar amplitude articular e mobilidade de uma articulação. Qualquer movimento realizado numa articulação é definido como mobilização articular. Na mobilização articular manual o Fisioterapeuta auxilia na execução dos movimentos, suportando todo o movimento ou apenas assistindo o movimento. Normalmente recorre a oscilações lentas do movimento não-axial no final da amplitude passiva do movimento. 

 

 

Quando se deve incluir no plano de tratamento a mobilização articular manual?

Com a realização da mobilização articular, este movimento estimula a actividade biológica do líquido sinovial, trazendo nutrientes importantes para a cartilagem articular avascular das superfícies articulares e para a cartilagem intra-articular dos meniscos. A extensibilidade e a força tensiva dos tecidos articulares e periarticulares são mantidas com o movimento articular. Os impulsos nervosos aferentes dos receptores articulares transmitem informações para o sistema nervoso central e, portanto, fornecem a percepção de posição e movimento. Os movimentos de oscilação e separação de pequena amplitude são usados para estimular os mecanorreceptores que podem inibir a transmissão de estímulos nociceptivos (sensação dolorosa) ao nível de medula espinal ou tronco encefálico. 

 

Dado que a mobilização articular é uma terapia manual em que inclui alguns movimentos em diferentes planos, provavelmente será mais efectiva se realizada após a mobilização dos tecidos moles e aquecimento da zona a tratar, de modo que estes tecidos estejam mais soltos e quentes, o que melhora a mobilização das articulações. A mobilização articular visa diminuir a rigidez do tecido intrínseco da articulação, mas os tecidos moles extrínsecos (extra-articulares/periarticulares) devem ser também flexíveis o suficiente para permitir o movimento de mobilização articular, de modo que devem ser os primeiros a ser trabalhados.

 

Indicações

A principal indicação para a mobilização articular é a disfunção articular do tipo hipomóvel, ou seja, com mobilidade reduzida. Uma vez que a mobilização conjunta mobiliza uma articulação, a mobilização articular é indicada para articulações que tenham perdido mobilidade (hipomóvel). 

 

Uma disfunção articular do tipo hipomóvel é muitas vezes descrita em termos estáticos podendo ser uma subluxação, desalinhamento ou, mais comummente conhecido como um “osso fora do sítio”. Normalmente, a perda de mobilidade e o mau alinhamento estático correlacionam-se entre si. Mas, em última instância, a decisão de indicar mobilização articular é a perda de mobilidade.

 

Para determinar se a mobilização articular é apropriada para qualquer condição patológica músculo-esquelética específica (neuro-mio-fascio-esquelética), verifica-se, assim, que se houver envolvimento de hipomobilidade articular, a mobilização articular é indicada. A mobilização articular nos movimentos acessórios também tem efeitos fisiológicos que podem ser benéficos nestas disfunções.

 

Contra-indicações 

Existe essencialmente apenas uma precaução/contra-indicação para a mobilização articular. Deve-se ter atenção ao realizar mobilização numa disfunção articular hipermóvel ou em outros tecidos instáveis. Dado que a mobilização conjunta mobiliza uma articulação, isto é, aumenta a sua amplitude de movimento, então, se a articulação já é hipermóvel, ou seja, instável, será contra-indicado (ou pelo menos deve ser feito com as devidas precauções) mobilizá-la. Dado que a mobilização de uma articulação requer colocar uma força física no corpo, o que afecta outros tecidos adjacentes, qualquer instabilidade tecidual na região contra-indicaria realizar o tratamento de mobilização. Por exemplo, um paciente com osteoporose ou uma hérnia de disco pode não tolerar a força física necessária para realizar a técnica de mobilização. 

 

 

Diferença entre mobilização articular e manipulação articular

Quando o termo “mobilização articular” é utilizado, geralmente é implícito que é uma mobilização articular fisiológica e acessória, dentro da amplitude de movimento disponível. Uma manipulação articular geralmente é descrita como uma manipulação quiroprática ou ajuste de quiropraxia, ou uma mobilização/manipulação de impulso de baixa amplitude de alta velocidade, técnica muito utilizada em osteopatia.

 

A manipulação é um movimento brusco (denominado de thrust) de alta velocidade e curta amplitude que não pode ser impedido pelo paciente. O movimento é realizado no final da amplitude de movimento da articulação e visa alterar as relações de posicionamento, soltar aderências ou estimular receptores articulares. Quando uma força específica é aplicada às articulações corporais para permitir sua distracção, ouve-se alguns estalidos. Contudo, o objectivo das técnicas de thrust não é produzir o estalo, mas produzir hipermobilidade temporária que restaure o movimento articular normal. 

 

Na Fisioterapia Lisboa realizamos o tratamento incluindo terapia manual, nomeadamente, a mobilização articular manual.

 

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