Fisioterapia mão

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A síndrome do túnel cárpico é considerada a neuropatia compressiva periférica mais comum do membro superior e uma das condições mais frequentes para realizar fisioterapia na mão. Ocorre quando há compressão crónica do nervo mediano ao nível do punho e estima-se que afete 3,8% a 4,9% da população mundial.

 

O túnel cárpico é um canal osteofibroso localizado na palma da mão constituído por ossos e ligamentos do punho, pelos tendões flexores da mão e pelo nervo mediano. No trajeto do punho até à mão, o nervo mediano atravessa assim por este canal estreito bastante suscetível a comprimir o nervo, originando um quadro clínico denominado síndrome do túnel cárpico.

 

 

Causa

Na grande maioria dos casos de síndrome do túnel cárpico não se identifica uma causa evidente, porém a hipótese mais aceite sugere que alterações como edema/inchaço dos tecidos do canal, inflamação do tendão, alterações hormonais e movimentos repetitivos forçados podem levar à degeneração e ao consequente, aumento do volume do conteúdo do túnel cárpico, resultando na compressão nervosa do nervo mediano. 

 

Embora não exista uma causa evidente os fatores de risco desta condição incluem sexo feminino entre os 45 e os 60 anos, diabetes mellitus, insuficiência renal, tabagismo, menopausa, hipotiroidismo, obesidade, artrite reumatoide e gravidez e atividades que impliquem movimentos repetitivos do punho ou posicionamento prolongado deste em posições extremas e/ou exposição a vibração e ao frio.

 

Tendo em conta que o hipotiroidismo, a menopausa e a gravidez são fatores de risco, a suspeita que as alterações hormonais possam ser a causa intensificasse, no entanto, não existe evidência científica válida que suporte esta hipótese.

 

 

Sintomas

Esta compressão nervosa do nervo atinge mais frequentemente a mão dominante do utente, mas também pode ocorrer bilateralmente e pode originar dor, parestesias (“formigueiro”/dormência) das mãos e dedos e/ou diminuição da sensibilidade nos 4 dedos inervados pelo nervo (polegar, indicador, dedo médio e parte interna do dedo anelar) com mais relevância em períodos noturnos comumente referido como sensação de queimadura.

 

Em casos mais graves, pode ocorrer fraqueza dos músculos inervados pelo nervo mediano, resultando em fraqueza da mão, atrofia muscular da eminência tenar e, consequentemente perda de função da mão.

 

 

Diagnóstico

O diagnóstico desta condição é, por norma essencialmente através do exame físico sensitivo e motor da mão e baseia-se na avaliação de sinais e sintomas característicos desta síndrome.

 

 

Tratamento

Caso não haja qualquer intervenção, esta condição pode evoluir progressivamente ao longo tempo e ter repercussões ao nível de lesão permanente do nervo mediano resultando em perda de função ou incapacidade da mão. Deste modo, é recomendado pela evidência científica que o tratamento específico para a síndrome interrompe a evolução e, na maioria dos casos contribui para a recuperação dos sintomas resultantes da condição.

 

Tratamento conservador

O tratamento conservador consiste em Fisioterapia na mão em que se deve incluir educação para a dor ao utente, explicação da relevância da alteração de hábitos e movimentos prejudiciais como a limitação do movimento do punho e redução de atividades de trabalho extremo e/ou vibração. E posteriormente inclui massagem, exercícios de mobilização da articulação do punho e técnicas de mobilização neural.

 

Exercícios para aliviar os sintomas

  • Iniciar  com a mão aberta e dedos esticados. De seguida, fechar a mão até tocar com os dedos na palma da mão. A seguir, dobrar os dedos em forma de garra e voltar à posição com a mão esticada. Repetir 10 vezes, 2 a 3 vezes por dia;
  • Dobrar a mão para a frente e esticar os dedos, depois  estender o pulso para trás e fechar a mão, como mostra a imagem. Repetir 10 vezes, 2 a 3 vezes por dia;
  • Esticar o braço e estender a mão para trás, puxando os dedos para trás com a outra mão. Repetir o exercício 10 vezes, 2 a 3 vezes por dia.

 

Tratamento cirúrgico

Quando os sintomas são mais intensos e a condição apresenta-se num estado mais grave, pode ser considerada a hipótese cirúrgica com o intuito de alargar o canal do túnel cárpico diminuindo assim a pressão sobre o nervo mediano.

 

Apesar das parestesias e da dor poder melhorar rapidamente, a mobilidade ao nível do punho e da mão/dedos pode demorar a ser restaurada pelo que a atuação fisioterapêutica após cirurgia é fortemente recomendada.

 

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